terça-feira, 8 de fevereiro de 2011


37% dos jovens fumantes de SP usam o narguilé

Quase todos os que usam o fumo árabe também fumam cigarro de cravo
Do R7

Getty ImagesGetty Images
Segundo a diretora do Cratod, uma única rodada de fumo equivale ao consumo de cem cigarros
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Um estudo realizado em 2010 pelo governo de São Paulo com 932 fumantes da cidade de São Paulo revelou que 37% dos entrevistados eram usuários de narguilé, um cachimbo de água de origem árabe usado para fumar.
O levantamento da Secretaria de Saúde mostrou ainda que, entre os usuários de narguilé, 96% eram adeptos do cigarro de cravo. A média de idade dos participantes do estudo era de 25 anos.
Além disso, segundo o estudo, metade dos entrevistados apresentou níveis preocupantes da presença de carbono no ar expirado: uma média de 2,3 vezes a mais do que o máximo aceitável.
Segundo Stella Martins, diretora do Programa de Atenção ao Tabagista do Cratod (Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas), a indústria do tabaco tem atraído cada vez mais os jovens. O narguilé é usado em muitos lugares com aromas artificiais.
- A indústria revestiu com cheiro e gosto o consumo do tabaco para atrair um público cada vez mais jovem e, assim, substituir o grupo mais velho que está sofrendo com os males do fumo.
O narguilé é composto por nicotina, alcatrão e monóxido de carbono. Ao ser queimado, libera metais pesados e cancerígenos, como o arsênico, chumbo, cobalto e cromo. De acordo com a diretora do Cratod, uma única rodada de fumo equivale ao consumo de cem cigarros.
- Infelizmente é um hábito que carrega um forte cunho de socialização, pois ninguém o fuma sozinho.
A fumaça do narguilé aspirada pelo usuário é composta por cem vezes mais alcatrão, quatro vezes mais nicotina e 11 vezes mais monóxido de carbono do que um cigarro normal. Já o cigarro de cravo possui três vezes mais nicotina e monóxido de carbono.
Tanto o narguilé quanto o cigarro de cravo são enquadrados dentro da lei antifumo que proíbe o consumo em ambientes fechado e de uso coletivo. Desde 2009, é proibida a venda do aparelho utilizado no consumo do narguilé para menores de 18 anos em todo o Estado de São Paulo.

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