O piloto Rubens Barrichello afirmou, nesta segunda-feira, que apoia a decisão da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e da Família Real do Bahrein em cancelar o Grande Prêmio que seria realizado no país, nos dias 11 a 13 de março. O brasileiro da Williams ainda demonstrou estar preocupado com os conflitos no mundo árabe.

"Estou chateado principalmente com a situação que o país e seus habitantes vivem. Desejo mesmo que a violência deixe de estar presente e que possamos voltar lá, pois adoro o país e a pista. Acho que foi a decisão correta neste momento, e agora vamos nos concentrar para a preparação do GP da Austrália", declarou.

A população bareinita se manifesta contra o governo do país monárquico, que, por sua vez, reprime com violência e artilharia pesada. Cenas nas quais tanques de guerra são vistos em meio às ruas da capital Manama são frequentes nos últimos dias, e a população exige a saída da Corte Real do poder.

O príncipe Salman bin Hamad bin Isa Al-Khalifa, principal alvo dos protestos, decidiu nesta segunda-feira cancelar o evento, alegando que deve se preocupar "com questões imediatas e de maior interesse para o país."

A estreia da F-1 no ano de 2011 será em Melbourne, na Austrália, no dia 27 de março. Os testes anteriores à corrida no Bahrein, por sua vez, devem ser transferidos para Barcelona, na Espanha, onde as equipes já realizaram treinamentos.