sábado, 12 de março de 2011

 
 

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 Japão: localizar a explosão é essencial para medir a gravidade
12 de março de 2011 • 09h53 • atualizado às 10h20

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12 de março - Imagem feita por uma rede de TV mostra a fumaça deixada com a explosão em uma usina nuclear de Fukushima após o terremoto . Foto: AP Imagem feita por uma rede de TV mostra a fumaça deixada com a explosão em uma usina nuclear de Fukushima após o terremoto
Foto: AP

A localização precisa da explosão deste sábado na central nuclear de Fukushima N°1 no Japão é considerada essencial para estimar a gravidade do caso, segundo especialistas. A questão é saber se o recinto de confinamento que abriga o reator foi atingido.
"Precisamos saber, agora, o que explodiu: se foi o recinto de confinamento, a configuração do caso é a mesma de Chernobyl", disse Stéphane Lhomme, da organização Observatório Nuclear. "Mas pode se tratar de uma construção ao lado do reator".
Em Chernobyl (Ucrânia) em 1986, o centro do reator ficava numa construção muito frágil que não resistiu à fusão do reator e ficou em destroços. Por comparação, durante o acidente na central de Three Mile Island nos Estados Unidos em 1979, o recinto de confinamento resistiu e permitiu evitar o pior, lembrou Lhomme.
A dose de radioatividade recebida por um indivíduo no sítio sinistrado corresponde à que uma pessoa pode absorver no máximo em um ano, sob pena de colocar em risco sua saúde, segundo a imprensa local, citando um nível de radiação observado de 1.015 microsievert. "Estudamos as radiações com atenção e estamos tomando todas as medidas para garantir a segurança das pessoas", afirmou o porta-voz do governo, Yukio Edano.
A Agência de Segurança Nuclear e Industrial japonesa considerou, no entanto, neste sábado, pouco prováveis danos mais sérios no contêiner que abriga o reator. A informação foi confirmada, em seguida, por Edano citando a operadora do sítio, a companhyia Tokyo Electric Power (Tepco). Segundo o porta-voz do governo, o nível de radiação chegou a baixar.
Um outro reator da central Fukushima N°2, a 12 km, apresentava sintomas semelhantes, de falha no sistema de resfriamento e aumento da pressão, forçando as autoridades a abrir válvulas para deixar escapar o excesso de vapor. Uma ordem de evacuar o local num raio de 20 km foi também emitida para esta instalação, que conta com quatro reatores. Um corpo especializado de bombeiros para situações de emergência foi enviado à usina nuclear para ajudar a população a se afastar da zona.

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